sexta-feira, 24 de julho de 2009

O nosso pôr do sol

Um dia desses fui sozinho passar o final da tarde na famosa Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro. A respeito do sujeito em questão não dá pra saber muita coisa. Dizer que ele foi genro do terceiro Barão de Monte Santo não ajuda muito! Talvez por isso o nome da praça apareça sempre acompanhado do apelido: Praça Pôr do Sol.

Encosto a minha bicicleta na grama e me deito à frente, apoiando a cabeça no selim. Me culpo por ter esquecido o livro. Mas não é um grande problema. O panorama compensa. Veja aqui!

Pela praça se vê de tudo. Famílias com cachorros, famílias sem cachorros, adolescentes e jovens, adultos e casais. No canto direito jovens pais cuidam de seus filhos que brincam no parquinho. Á minha frente três moças bonitas se sentam sobre uma canga e brincam com uma pitbull branca mansa.Outras pessoas levam toalhas, ou até cadeirinhas. Mais abaixo costuma ficar o pessoal que leva instrumentos musicais. O som não chega encima, pois a praça é declinada. Outros levam vinho, cerveja, comida, salgadinhos.

No verão o pessoal fica bastante tempo por lá, tomando sol, jogando conversa fora, vendo o dia passar, acompanhando o caminho do sol pelo céu paulistano, até seu derradeiro descanso próximo a um conjunto de edifícios vizinhos ao Parque Villa-Lobos. No inverno a praça fica com cara de parque europeu, com pessoas agasalhadas se aquecendo voltadas para o oeste, esperando o evento que apelida a praça, que geralmente é acompanhado por alguns aplausos (pra quem prefere o pôr do sol a um chopp na Vila Madalena, aplaudir deve ser quase natural).

A Praça Pôr do Sol parece ser uma imagem daquilo que São Paulo queria ser. O céu que nem parece tão poluído quando se tem à sua frente a vista do arborizado Alto de Pinheiros, seguido pelo verde intenso do Campus da Cidade Universitária. Alguns edifícios cortam o horizonte, mas nada parecido com os maciços cinzentos espalhados por toda a cidade. As pessoas que frequentam o lugar costumam ser educadas. A praça quase sempre está limpa, com a grama cortada. Não há muito barulho.

De sua encosta se vê uma São Paulo muito bonita, que não condiz com o pensamento pessimista do paulistano. Vistas como esta, e tantas outras desconhecidas, em qualquer cidade do mundo seriam belos cartões postais, motivo de orgulho, locais de visitação, de turismo. Mas o paulistano costuma ser mau vendedor, porque prefere exaltar os pontos negativos, como se dissesse: "não diga que eu não avisei!"

Enfim, separem um dia de sol de um desses domingos sossegados e vá até a Praça Pôr do Sol. Leve uma câmera fotográfica, um livro, algo para beber, petiscar, amigos, crianças, cachorros (e os saquinhos...). Após os aplausos, não esqueça de deixar o local limpo, apesar da pequena quantidade de lixeiras; se você o trouxe quando ainda se chamava embalagem, pode levá-lo também quando se chamar lixo.

Segue uma foto tirada com o celular nesse dia. Aparecendo o conjunto de edifícios, esse poste e um belo pôr do sol, já se sabe de onde foi tirada a foto.

Um comentário:

  1. ooopa, demorou pra passar o endereço do blog. vou colocar um link lá no meu. beeeeijos, tá ótimo. podemos dar um rolê na por-do-sol amanhã, caso as chuvas vietnamitas derem uma trégua.

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