quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Espaço K

Os problemas de trânsito serão assunto recorrente neste blog. Considero um dos maiores problemas da Cidade de São Paulo. Difícil de resolver, difícil de esquecer. Faz parte do dia a dia de praticamente toda a população da cidade.

Eu não gosto do Ford Ka. Acho um carro ruim. É fraco, mal acabado, feio. Mas, de fato, é um dos únicos carros projetados com inteligência.

Primeiramente, é um carro pequeno, adequado para quatro pessoas, para o dia a dia. O automóvel foi criado com uma expectativa diferente do que vemos hoje. Se o Sr. Ford esperasse que todos tivessem seu veículo, certamente teria criado um veículo individual.

O conceito do carro visa algo como um carro por família, o motorista e quatro passageiros, porta malas grande etc. O mercado de carros para a família sempre existirá, mas a maioria dos veículos transporta de uma a duas pessoas.

Segundo: tem baixo consumo. O Ka é um carro econômico. Atende bem a essa necessidade. Nos EUA, o governo está subsidiando as revendedoras para que dêem 4500 doletas aos donos de carros velhos beberrões o troquem por um novo, menor e mais econômico. Sem comparações, apenas demonstro que até a Meca do automóvel já entendeu o recado. E lá a gasolina é mais barata que aqui.

Terceiro: facilmente manobrável. Até por ser desenhado com os eixos o mais afastado possível entre si, é um carro com boa desenvoltura. É arredondado nas pontas. Facilita manobras e principalmente balizas.

Quarto: o preço. Pode ser uma boa opção para uma família de baixa renda substituir aquela Belina 73 verde, gastona, barulhenta e grande. Afinal, pode ser o sonho de consumo ter um carro pequeno, mas quantos podem ter um Mini Cooper (R$ 92,5 mil)?

Reitero, não gosto do Ford Ka. Mas não se pode ignorar que alguns preceitos de projeto deveriam ser copiados em veículos novos. Acho que um grande problema é o motor fraquíssimo. Convenhamos, São Paulo não é exatamente plana! Um motor melhor agilizaria o desempenho, diminuindo o consumo – quando se força um motor 1.0, acaba-se gastando mais que um 1.6 - em certos casos.

Acabou-se a era das banheiras beberronas. Alguns carros bem pequenos já apareceram no mercado como boa opção. Mas ainda acho que está para vir um sucesso de vendas para duas pessoas que atenderá a maior parte dos usuários do dia a dia. Ainda pretendo voltar a essa questão do espaço.

A verdade é que, por hora, é o que temos. Ao menos, hoje eu pude usufruir disso. Na mesma rua lotada que eu estaciono nas raras vezes em que venho de carro, só sobram espaços rejeitados pelos motoristas de carros grandes. Hoje, nem os Pálios e Corsas se engraçariam com a “minha vaga”. O Espaço K estava lá me esperando. Talvez houvesse um Mini Cooper, se fosse 67,5 mil reais mais barato.

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